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domingo, 21 de agosto de 2011

mensagem medicinais

Câncer
Câncer de testículo atinge 8.300 homens e mata 350 por ano no Brasil
“Um levantamento realizado pelo Hospital A. C. Camargo mostra que, quando descoberta em fase inicial, a doença tem cura em até 95% dos casos”
Doença que assustou o personagem André, na novela 'Insensato Coração', ocorre com mais frequência em homens jovens, com idade entre 20 e 40 anos

Personagem André (interpretado por Lázaro Ramos), da novela 'Insensato Coração', pretende abrir discussão a respeito do câncer de testículo. Apesar de o índice de cura para esses casos serem muitos altos, muitos homens resistem ao autoexame e ajuda profissional

Em Insensato Coração, novela da Globo que terminou sexta-feira, o personagem André, interpretado por Lázaro Ramos, descobriu que tinha câncer de testículos. A trama ficcional chamou atenção para uma doença que atinge 8.300 homens e mata 350 por ano no Brasil. Esse tipo de tumor, ao contrário do câncer de próstata, ocorre com mais frequência em homens jovens, com idade entre 20 e 40 anos, e embora seja agressivo, é de incidência média e com baixo índice de mortalidade. "Em geral, o tumor no testículo é uma massa não dolorosa que se apresenta como um nódulo ou aumento do testículo", explica Daniel Herchenhorn, chefe da Oncologia Clínica do Inca. Segundo o médico, a dor muitas vezes é um bom sinal, já que ela descarta o diagnóstico de câncer. Quando a região fica dolorida, geralmente trata-se de algum processo inflamatório.

O constrangimento de consultar um urologista muitas vezes faz com que homens procurem ajuda quando o estágio do tumor já está avançado. Esperar para ver o que acontece com o nódulo encontrado não é uma boa ideia. Assim, como acontece com a maioria dos tumores, nesse caso também vale a regra de quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura. Além disso, não há muito a temer. Um levantamento realizado junto aos 940 pacientes diagnosticados com câncer de testículo e atendidos pelo Núcleo de Urologia do Hospital A. C. Camargo, de São Paulo -- desde sua fundação em 1953 até 2009 -- mostra que, quando descoberta em fase inicial, a doença tem cura em até 95% dos casos. Entende-se como curado o paciente que submetido ao tratamento não manifeste a progressão da doença em um prazo de cinco anos.

Em quadros avançados, que podem incluir a metástase — quando células cancerosas do tumor original migram para outras partes do corpo, formando tumores secundários —, as chances de cura se reduzem, mas continuam maiores que 70%. Estatísticas do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos confirmam os dados. A taxa de mortalidade, que era de 10,5% até o início da década de 1980, caiu para 0,7% no final de 2007. A história do ciclista americano Lance Armstrong também se tornou um exemplo: logo após ter se restabelecido de um câncer de testículo, que chegou a atingir também cérebro e pulmão, o atleta se recuperou e foi vencedor do Tour de France por sete vezes consecutivas.
Números e histórias como essas reforçam o fato de que o quadro melhorou muito nos últimos anos. "Na década de 1970, a taxa de cura nos casos em estágio inicial era de apenas 60%", afirma Gustavo Cardoso Guimarães, cirurgião oncológico e diretor do Núcleo de Urologia do Hospital A.C. Camargo. "Isso se deve à introdução de uma terapia multidisciplinar, que aumentou muito as chances de cura." Mais do que a retirada do tumor, em muitos casos os pacientes devem complementar o tratamento com quimioterapia, radioterapia e até mesmo uma nova cirurgia para retirar resíduos de massa tumoral




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